Thursday 3 March 2011

newsfrompalaciodocorreiovelho201103

Se os leilões de arte contemporânea realizados em Londres, nas principais casas leiloeiras (Sotheby's e Christie's) durante o mês de Fevereiro vieram de certo modo comprovar que o mercado da arte internacional continua vivo - apesar de ainda permancer em observação intensiva com todos os cuidados que esta ainda necessita -, em Portugal, contudo, o último leilão de arte contemporânea, realizado pelo Pálacio do Correio Velho, em Lisboa, no passado dia 3 de Março, veio apresentar a público um país envergonhado da sua arte (coleccionismo privado, é óbvio, dado que o público é quase inexistente) e da sua pouca (95 lotes arrematados em leilão por €113,250), mas existente (valor final leilão estimado entre €671,780 e €1,118,900), capacidade financeira. Apesar da quantidade de obras (149 lotes a leilão) e nomes (Vieira da Silva, Júlio Pomar, Graça Morais, Julião Sarmento, Nadir Afonso, Nikias Skapinakis, Malangatana, Manuel Cargaleiro, Cabrita Reis, entre muitos outros) apresentados.

Dos lotes a leião, só duas peças souberam alcançar a marca das dezenas: Máquina de fazer sonhar, um óleo sobre tela concebido por Nadir (75x64cm, assinado e datado de 1946), arrematado por €20 mil euros (estimativa entre €15 mil e €25 mil); e O encontro, de Francisco Relógio (um acrílico sobre madeira, 181x138cm, assinado e datado de 1977), por €10,500 (estimado €8 mil a €12 mil). Entretanto, os restantes 93 lotes foram arrematados por valores entre €50 e €6 mil - o que representa uma média final de €1,127 se tivermos por base os preços de martelo por lote.

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