Saturday, 22 January 2011

newsfrom...201101

Bem! Quando, lá fora, estão cerca de 8º (pelo menos, aqui na província da periferia mundial) acompanhados por um delicioso sopro invernoso, mas demasiadamente arrepiante para se querer sair de casa, qual é o interesse em ficar retido, pelo aconchego de um monitor, entre a privacidade das quatro paredes brancas de uma sala?

Se já não existe o óbvio inconveniente de termos de traçar uma rota para podermos visitar as galerias que nos interessam, dentro do prazo de tempo disponível, sem esquecermos de visitar quem é quem neste mundo, enquanto perdemos a noção do que já foi visto ou ainda não foi visto, outra das razões pela qual é apetecível visitar a primeira feira de arte contemporânea virtual – a VIP (Viewing in Private) Art Fair inaugura hoje, dia 22 de Janeiro de 2011, e continuará acessível, ao público global, até ao próximo dia 30 de Janeiro, num computador perto de si – está, mediante uma pequena quantia (US$100), na possibilidade de navegar entre e saber o valor aproximado de uma peça de arte ou, de uma forma democrática, termos a oportunidade de visualizar os estúdios (videos produzidos pela empresa online Art21) de alguns dos mais interessantes artistas da actualidade, como William Kentridge (o artista descreve como associações e ideas complexas emergem do simples acto de "colocar pedaços de papel juntos", por exemplo), Cindy Sherman, Cai Guo-Qiang, Bruce Nauman, Allan McCollum, Jennifer Allora & Guillermo Calzadilla e Paul McCarthy, entre outros. Tudo de acordo com a nossa agenda e interesse individual.

No entanto, continua, como é normal neste género de eventos, em especial efémeridades de impacto global, a existir durante algum tempo uma certa e determinada dificuldade em nos deslocarmos e movimentarmos no espaço - situação menos difícil de suportar tendo em conta o contexto onde nos encontramos enquanto esperamos.

Sem qualquer galeria portuguesa presente, mas com 137 galerias originárias de 30 países (A Gentil Carioca do Rio de Janeiro; Juana de Aizpuru de Madrid; David Zwirner e Lehmann Maupin de New York; White Cube e Maureen Paley de London; Yvon Lambert de Paris; Bose Pacia/Nature Morte de New Dehli; Annet Gelink de Amsterdam; e Sprüth Magers de Berlin; entre outras) esta feira virtual apresenta algumas dos mais interessantes e importantes espaços comerciais de arte contemporânea a jogar no xadrez económico internacional. Das economias emergentes às economias já estabelecidade e líderes. Conjuntamente estão ainda presentes 17 instituições, como revistas ou jornais de arte (The Art Newspaper) e companhias de seguros (AXA Art Insurance Corporation).

Mas nem tudo é menos bom para o mercado artístico contemporâneao Português: Carlos Bunga (peças com valor entre €5 mil e €15 mil) e Fernanda Fragateiro (entre €25 mil e €50mil) na Galeria Elba Benitez (Madrid), Joana Vasconcelos (€25 mil e €50 mil) e Jorge Queiroz (€10 mil e €25 mil) na Galerie Nathalie Obadia (Paris/Brussels) são alguns dos artistas nacionais apresentados.

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