Não que as obras de Gerald Petit definam o que é a identidade de um sistema ou regime particular politico, mas estão muito mais próximos das questões sobre os sujeitos estéticos e do papel da arte. É tudo uma questão de interpretar o que foi, o que é, o que pode ser e o que não é. Mas, como no rumor, as obras de Petit estão abertas para uma infinidade desordenada de interpretações sobre o duplo e a reflexão enquanto durante o processo se perde a fonte original.
Na exposição Beautiful Strange, na Caroline Pagès (Lisboa), existe um diálogo entre pinturas e fotografias, no entanto, o discurso do artista está posicionado entre a cultura popular e os mitos populares, entre os ícones da música e os vampiros: a pintura Electric Ladyland (dez mil euros), de 2009, apresenta um grupo de mulheres nuas sentadas com todas as suas imperfeições, e simultaneamente reporta-nos para o esplêndido álbum de Jimi Hendrix, com o mesmo nome; a figura do vampiro surge na forma de fotografias, quer em Have You ever Danced with the Devil at the Pale Moonlight? (três mil euros) e Beautiful Strange, ambas de 2009. A exposição termina no dia 9 de Maio.
Published at NS'169/IN#65, Mercado da Arte (70), (Diário de Notícias N.º 51133 e Jornal de Notícias N.º 307/121), 4 de Abril de 2009 Portugal. Gerald Petit, , Beautiful Strange, 2009 Courtesy Caroline Pagès Gallery, Lisboa
No comments :
Post a Comment