Uma pré-visualização da conjuntura para 2010
Na Galiza (Espanha) comemora este ano o Xacobeo 2010 (festa celebrada sempre que o dia de Santiago calha no domingo). Ao apoiar a realização da feira de arte contemporânea de Vigo (Espanha), Espacio Atlântico (o novo nome pelo qual a feira Pure Art se faz apresentar), a Consellería de Cultura e Turismo do Governo da Galiza encontra uma forma de atrair e apoiar financeiramente a promoção de turismo cultural à região.
Por outro lado, algumas galerias espanholas a participar na feira de Vigo, descontentes com o actual critério de selecção da feira de arte internacional de arte ARCOmadrid, decidiram não estar presentes na feira de Madrid. Desta forma, a feira Espacio Atlántico pode ser e apresenta-se como uma pré-visualização do sucesso comercial das feiras de arte contemporânea de Madrid este ano.
A feira de Vigo realiza-se no recinto ferial IFEVI, entre os dias 14 e 17 de Janeiro de 2010, e para esta sua primeira edição, com a presente denominação, reúne um núcleo de 52 galerias de arte contemporânea originárias da Península Ibérica como: 111, 3+1 Arte Contemporânea, Adhoc, Álvaro Alcázar, Carlos Carvalho, Caroline Pagès Gallery, Fernando Pradilla, Fernando Santos, Filomena Soares, Fúcares, Graça Brandão, Henirich Ehrhardt, Mário Sequeira, Marisa Marimón, MCO Arte Contemporânea, Módulo, Pedro Cera, Pedro Oliveira, Presença, Raquel Ponce, Quadrado Azul, Siboney, Sopro – Projecto de Arte Contemporânea, entre outras.
Paralelamente estão programadas actividades conjuntas com algumas das instituições artísticas mais importantes da Galiza como o Museu de Arte Contemporánea de Vigo – MARCO, Fundación Pedro Barrié de a Maza (Vigo), Fundación RAC (Pontevedra), Colección CABS (Santiago de Compostela).
Apesar das expectativas de sucesso demonstrado pelas galerias participantes portuguesas – bom índice de vendas através da feira – e pela organização – o que é óbvio –, grande parte da comunidade artística local, como instituições e coleccionadores da Galiza – os que vão realizar as compras –, não está tão expectante.
Os fundos disponíveis para compra de obras de arte não são tão abrangentes quanto o desejando pelos negociantes em arte contemporânea, apesar dos duzentos mil euros reservados pela Consellería de Cultura e Turismo do Governo da Galiza para o desenvolvimento de acções conjuntas, com o promotor da feira, a Scarpellini Proyectos S.L., de promoção e difusão da arte e dos artistas galegos nesta edição da feira.
Porém, durante os últimos meses tornou-se mais barato adquirir obras de arte através de leilões do que através de galerias, dado os preços apresentados actualmente serem consideravelmente mais baixos e acessíveis do que comparativamente nas galerias de arte contemporânea, para obras com igual qualidade e importância.
Published at NS'209/IN#105, Mercado da Arte (62), (Diário de Notícias N.º 51413 e Jornal de Notícias N.º 222/122), 9 de Janeiro de 2010 Portugal Ana Vidigal, I wake up in your bed, 2009 Courtesy Galeria 111
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