A feira de arte TEFAF Maastricht é frequentemente descrita como «um museu onde tudo está à venda e onde os comerciantes, em exposição, apreciam o facto de a feira ser levada a sério pelos museus de todo o mundo».
Além dos 171 aviões privados que aterraram no aeroporto de Maastricht/Aachen (82 jactos privados só no primeiro dia) durante o decorrer da feira, mais de 150 representantes de museus de 17 países, como foi o caso do National Gallery of Art de Washington DC (EUA), a visitar a feira.
Na secção de arte moderna e contemporânea a galeria Hauser & Wirth (com espaços em Zurique, Londres e Nova Iorque) vendeu uma pintura (Sem Título, 1960), de Eva Hesse, por €550 mil, enquanto a Gallery Thomas (Munique), vendeu um guache (Walking Couple, 1916) de Wassily Kandinsky (1866-1944), avaliado em cerca de €400 mil.
A nível das antiguidades, o comerciante Rupert Wave (Londres), vendeu uma máscara em madeira de uma múmia egípcia (1069-715 a.C.), com o preço de €150 mil, a um coleccionador privado.
De acordo com informações facilitadas pela organização da feira, «as vendas foram fortes, em particular as obras novas no mercado.»
Os diferentes espaços Schengen
A globalização gerou uma cultural acessível a todos. Na Europa, o espaço Schengen representa um território no qual a livre circulação das pessoas garante o acesso a esse sonho modernista de uma humanidade única. Mas, afinal, porque é que a diversidade cultural deve ser preferível à partilha de uma única cultura, comum a todas as pessoas? As imagens fotográficas de Délio Jasse (com preços aproximadamente de mil euros, por cada peça) reflectem as raízes do passado colonial português e as delimitação das exclusões internas e das inclusões externas que estão reflectidas. Questionam a autoridade policial e judicial que garante a segurança no espaço Schengen, mas também a diversidade cultural nacional.
Published at NS'221/IN#117, Mercado da Arte (68), (Diário de Notícias N.º 51495 e Jornal de Notícias N.º 306/122), 3 de Abril de 2010, Portugal. TEFAF Maastricht 2010, Foto: Bastiaan van Musscher; Délio Jasse, Voo Luanda-Lisboa (emulsão fotográfica sobre papel fabiano, 200x140cm), 2010. Courtesy Galeria Baginski
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