Tuesday, 18 May 2010

Espaços de exposição alternativos

Se uma das questões no contexto museológico está relacionada com o perfil dos visitantes, quem são? Porque visitam espaços artísticos? O que esperam? Os períodos de crise são propícios para a experimentação, para a inquirição e desafios às estruturas entretanto criadas, por exemplo, ao sair dos espaços reservados para a exposição de obras de arte e interagir com outras áreas profissionais distintas. Um dos projectos do galerista espanhol Pepe Cobo é o de conceber uma programação alternativa à instituída nas galerias, e introduzir arte em restaurantes de Madrid (Espanha). De igual modo, no Lux Frágil (Lisboa), conforme refere Susana Pomba, comissária da exposição O Dia Pela Noite, procurou-se desenvolver um projecto «que modifica-se o Lux, e que as peças ficassem durante algum tempo». As soluções encontradas passam pela transformação de espaços iminentemente físicos (restaurantes e discotecas) em espaços de contemplação e percepção, ao potenciar o diálogo entre dois grupos com agendas sociais e objectivos económicos distintos. Ou ainda, como também está a ser potenciado pelo Banco Espírito Santo, ao trazer o domínio das arte para o espaço financeiro.

Vídeo Arte
A Loop em Barcelona (Espanha) é um evento anual dedicadas ao comércio, conhecimento e disseminação da produção artística de vídeo. Entre 20 e 22 de Maio o Hotel Catalonia Ramblas transforma-se no ponto de encontro para artistas, galeristas, como a Vera Cortês Agência de Arte (Lisboa), curadores e imprensa especializada. A feira oferece às galerias participantes uma oportunidade de apresentar e comercializar obras de vídeo arte em espaços exclusivos e íntimos.

Gabriel Abrantes, A History of Mutual Respect – 2003? 2004? 2002?...2002, 2010; Reinhard Hauff, Dressage, 2009. Courtesy Loop Art Fair 2010

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