Apesar das tendências e dos gostos mudarem com o tempo, no mercado internacional existe sempre procura por obras de arte de extrema qualidade. Ao contrário da decepcionante venda de arte impressionista e moderna na Christie’s de Nova Iorque, no passado dia 3 de Novembro, o mesmo leilão, na rival Sotehby’s, no dia 4 de Novembro, foi um sucesso, dado o presente contexto económico.
O resultado final na Christie’s ascendeu aos 45 milhões de euros (o leilão estava estimado entre os 46 milhões e os 65 milhões de euros), enquanto o leilão da Sotheby’s superou o estimado mínimo, ao realizar um total de 123 milhões de euros (85% dos lotes presentes a leilão foram vendidos; na Christie’s foi um total de 71%). No entanto, o produto da venda na Sotheby’s ficou 19% abaixo quando comparado com o mesmo leilão realizado em 2008, e 33% em relação a 2007.
Entretanto, ainda na Sotheby’s, a acompanhar a venda de L´homme qui Chavire, de Alberto Giacometti, foram ainda superados dois recordes – para o valor pago por obra adquirida em leilão por autor – com a pintura de André Derain, Barques au Port de Collioure (cerca de 1905) por 9,5 milhões de euros, e Jeune Árabe (1910), de Kees Van Dongen, por 9,3 milhões de euros. Se no caso da Christie’s o retrato de Dora Maar pintado por Pablo Picasso (Tête de Femme, de 1943) não conseguiu encontrar comprador, o pastel de Edgar Degas, Danseuses, de 1896, superou o estimado e foi adquirido por mais de sete milhões de euros por um comprador asiático; o bronze de Auguste Rodin, Le Baise, Moyen Modèle Dit Taille de la Porte (modèle avec base simplifiée), foi vendido por um valor superior a quatro milhões de euros, também acima do estimado máximo.
Published at NS'202/IN#098, Mercado da Arte (70), (Diário de Notícias N.º 51364 e Jornal de Notícias N.º 173/122), 21 de Novembro de 2009 Portugal © Edgar Degas, Danseuses, cerca de 1896 Courtesy: Christie's 2009
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