A primeira questão é: qual das duas feiras – a Frieze em Londres, ou a FIAC, em Paris – consegue actualmente melhor reflectir a situação económica do mercado artístico contemporâneo? Isto antes da entrada de uma nova variável representada pelo mercado americano, através da Art Basel Miami Beach, em Dezembro (a qual este ano conta pela primeira vez com a presença da galeria portuguesa Graça Brandão). A resposta não é fácil.
Apesar de ambas as feiras se debaterem com questões relacionadas com a não participações de galerias e a fraca visita de coleccionadores provenientes do mercado Norte-Americano, o ambiente geral era positivo, com uma perspectiva optimista.
Ao contrário de Londres, onde a feira mais se assemelhava a um supermercado (devido ao grande número de diferentes marca e produtos disponíveis de fácil identificação), a Feira Internacional de Arte de Paris apresentava finalmente o toque francês. Apesar de existir há mais de três décadas, nos últimos três anos a feira mudou de um semblante provinciano para um de maior esplendor.
Era evidente o adiamento do acto de compra, quando comparado com anos anteriores, embora os galeristas apresentassem peças de preços mais contidos e acessíveis para qualquer bolsa.
Quem comprava tomavam o seu tempo e as reservas sucediam-se: a peça Cenotaph (A Deed of Transfer), de 2007, composta por 20 imagens Lenticular, por Jitish Kallat, a qual representava uma favela em Bombaim, na Índia, foi vendida a um coleccionador francês por 22 500 euros; ou os quatro desenhos de Maya Hewitt vendidos por seiscentos euros.
Published at NS'200/IN#096, Mercado da arte (68), (Diário de Notícias N.º 51350 e Jornal de Notícias N.º 159/122), 7 de Novembro de 2009 Portugal Foto: Tobias Rehberher, 2009 © the artist & dependance
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