A escultura envolve o uso de matérias possíveis de serem moldadas ou moduladas. Uma das temáticas na escultura contemporânea está focada com a estratégia conceptual sobre o espaço, com o contraditório estatuto do lugar. As peças inseridas nos espaços públicos são lugares de investigação dos limites do indivíduo, investigam o carácter ambivalente da instituição contemporânea e estão assentes numa necessidade constante de reinvenção e de contribuição humana. Funcionam como um ponto de equilíbrio de forças. No entanto, os museus são como os centros comercias: apesar de serem espaços de reunião são, por contra ponto, lugares de consenso.
Desta modo, para o espaço público, o artista contemporâneo tende a criar novos territórios onde se questione o humano, os múltiplos sistemas existentes no epicentro humano. Por exemplo, e apesar de trabalhar com uma variedade de meios, as peças concebidas por Hugo Canoilas (1977) são uma extensão das ruas, das praças, dos jardim, dos locais de encontro do nosso quotidiano transportadas para um interior.
A criação de espaços imaginário é para muitos coleccionadores de arte contemporânea traduzido no facto de se ter um espaço próprio para expor a sua colecção. Este espaço torna-se um lugar de interacção e integração das obras no meio envolvente, principalmente quando são espaços naturais, como os 17 hectares de Norman and Norah Stone, os quarenta hectares de Jimena Blázquez Abascal, ou os jardins de Joe Berardo.
Published at NS'198/IN#094, Mercado da arte (68), (Diário de Notícias N.º 51336 e Jornal de Notícias N.º 145/122), 24 de Outubro de 2009 Portugal Courtesy: Quadrado Azul/Hugo Canoilas
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